As ondas de zumbis dão conta do senso de ameaça que acompanha o filme até o fim, e ambientes escuros e luzes vermelhas dão o tom de horror. Ainda assim, por conta da exigência da classificação etária mais abrangente, Guerra Mundial Z é estranhamente higienizado. A câmera evita enquadrar ações de impacto, como uma mão decepada ou um pé-de-cabra preso na cabeça de um zumbi - tudo isso é sugerido no extracampo - e mesmo as mordidas da peste canibal, a base de todo esse gênero, aqui não causam mais do que alguns machucados.
Na falta de mais sangue na ação corpo-a-corpo, o diretor Marc Forster tenta compensar com a correria. Ele traz ao horror de zumbis a dinâmica e a estética de jogos de tiro e dos filmes de guerra atuais, como se Guerra Mundial Z fosse uma mistura apocalíptica de Call of Duty e Zona Verde, com muita câmera na mão, ação com táticas militares e flerte com o famigerado realismo (ninguém no filme vira atirador de elite da noite para o dia, por exemplo).
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