Quentin Tarantino: a cereja do bolo do cinema.

Ontem assisti Django, e reforcei minha certeza de que Tarantino é um dos melhores diretores de cinema da atualidade (para não jogar spoilers na rede, vou comentar somente algumas cenas que estão no trailer do filme).

Django é um filme maravilhoso, cheio de efeitos tarantinescos, como detalhes rápidos, zoom no rosto dos protagonistas – estilo história em quadrinhos, como só ele sabe fazer – tiros, explosões, mortes e muito, muito sangue, misturados ao humor negro sarcástico clássico do diretor.

Em meio aos efeitos sonoros, ao riso e à adrenalina das cenas de luta e matança, Tarantino, como já demonstrou em seu cinema há mais de uma década, tem a sutileza de criticar o que abomina através de imagens rápidas em seus filmes, ou pequenos detalhes na direção de arte e nos enquadramentos. Já no início do filme, ele choca ao mostrar os corpos mutilados dos escravos e a forma como são transportados como simples mercadoria, sem qualquer sinal de humanidade:

As marcas de chibata nas costas de Django.

Os pés descalços e atados com correntes, machucando a pele da sola e dos tornozelos.

Por outro lado, Tarantino também tem a sutileza de utilizar talentos artísticos das formas mais variadas para incrementar a trama de seus filmes. E também para atrair maior bilheteria de forma instantânea, chamando atenção dos fãs não só pelo próprio filme, mas pelos atores consagrados que contracenam em sua história. Em Django, pela primeira vez, vemos Leonardo DiCaprio encenando um personagem de Tarantino.

O garoto de ouro de Martin Scorsese (A Ilha do Medo, Os Inflitrados) agora é o novo valete de copas do Tarantino. Consequentemente, resta para nós, espectadores, ficarmos curiosos para ver qual a nova aparição de DiCaprio com Tarantino, visto que o diretor adora manter longas e sólidas parcerias com seus atores e equipe.

E falando em parcerias, Django traz também Christoph Waltz, - Capitão Hans Landa, de Bastardos Inglórios, lembram? – de volta e com tudo. Dr. Schultz chega ao cinema munido de todo sarcasmo e ironia no olhar e no sorriso, como já estávamos acostumados a ver, e a amar – “Ao revoir, Shoshanna” de Bastardos Inglórios é a marca principal desta característica.

Por fim, Django é garantia certa de risadas, adrenalina, e como já é de se esperar em se tratando de um filme Tarantinesco,

A BUSCA

POR VINGANÇA.

É um prato cheio para fãs do estilo.

Eu recomendo.